Veja o que disse o homem que foi arremessado de toboágua e fraturou a coluna no Parque de Itaipulândia
Thyago Vinicius Oliveira, fala sobre a dor que sentiu ao cair do brinquedo, de uma altura de 7 metros, ele também sofreu fraturas na pelve e no sacro

Em uma entrevista com a jornalista Amanda Moraes da revista Crescer, Thyago Vinicius Oliveira, fala sobre a dor que sentiu ao cair do brinquedo, de uma altura de 7 metros ele também sofreu fraturas na pelve e no sacro. Ele está há mais de um mês sem conseguir andar.
O que era para ser um dia de diversão em família se tornou um verdadeiro pesadelo para o farmacêutico e empresário Thyago Vinicius Oliveira, de 40 anos, de Assis Chateaubriand. Ele estava com a filha, Ivy, de 4 anos, a namorada e as duas filhas dela, de 11 e 5 anos, em um parque aquático em Itaipulândia quando sofreu um grave acidente, que resultou em uma fratura na sua coluna, sacro e pelve, em 9 de fevereiro.
“Era umas 15h quando decidimos ir no último toboágua, que eu ainda não havia descido. Então, subimos eu e minha namorada até a entrada do brinquedo. As crianças ficaram na piscina esperando”, conta, em entrevista exclusiva à CRESCER.
A namorada foi a primeira a descer. “Depois dela, eu entrei e, logo na primeira curva, percebi que meu corpo estava subindo muito em direção a lateral do brinquedo. Depois de algumas curvas, percebi que tinha escapado. Pensei: ‘Não acredito que isso está acontecendo comigo’. Foi quando senti que havia caído sentado em um local com terra, ao lado de um muro de concreto. A dor foi imensurável, eu gritava por socorro, não conseguia levantar e nem deitar no chão, caí sentado e sentado fiquei”, lembra.
Segundo ele, foi uma queda de cerca de 7 metros de altura. “No momento em que eu caí no chão, pensava se iria conseguir pegar minha filha no colo novamente”, lamenta. Rapidamente, algumas pessoas se aproximaram para ajudá-lo. “Também vi minha filha chorando, com medo de chegar perto de mim. Me levaram para uma salinha, meio cambaleando. As pessoas não pareciam profissionais. Nessa sala, esperei até a chegada da ambulância”, afirma.
Ele foi levado para um hospital, onde foi medicado e, após quatro horas, transferido para outra clínica em Foz do Iguaçu. Lá, ele foi informado que havia fraturado a pelve em diversos lugares, uma fratura chamada “livro aberto com cisalhamento lateral”, a coluna nos níveis L4 e L5 e o sacro.
Risco eminente de morte
Thyago precisou realizar três cirurgias para tratar as fraturas. “A primeira foi realizada na hora que eu cheguei no hospital, em Foz do Iguaçu. Já me levaram direto ao centro cirúrgico, pois corria risco eminente de morte. Nessa cirurgia, foram colocados uns ferros que fixaram a pelve”, explica. No dia seguinte, precisou passar por outra cirurgia para fixar mais ferros na pelve. “Aqueles não estavam suficientes e ainda corria risco”, afirma.
Quase uma semana depois, ele foi transferido para outra clínica, dessa vez, em Cascavel, onde os fixadores foram retirados. Os médicos reposicionaram os ossos e fixaram com um metal interno. “Passei uns seis dias na UTI, ainda bem instável e com muita dor”, recorda. Quando recebeu alta da UTI, Thyago ainda não conseguia andar. Ele pôde voltar para casa somente no final de fevereiro. “Foi uma notícia que alegrou meu coração, dando mais esperanças ainda. Hoje estou na casa dos meus pais, onde recebo todo carinho e atenção e posso receber visitas da minha filha e amigos diariamente”, diz.
Enxergo a vida com outros olhos hoje
A recuperação está sendo longa, mas, com fisioterapia diária, o farmacêutico já recuperou movimentos das pernas. “É um processo muito lento, requer muita paciência, um processo doloroso. São pequenas evoluções diárias”, diz. Ele disse que procura se manter positivo. “Quando descobri que as chances de voltar a andar e poder pegar minha filha no colo aumentaram de 20% para 90%, fiquei extremamente esperançoso e motivado a sair logo desse estado. Desde então, luto todos os dias contra os pensamentos negativos e contra a dor, tentando, a cada dia, ser melhor que ontem. Hoje, estou melhor que ontem e pior que amanhã”, destaca.
“Em nenhum momento, eu vi esse acidente como uma punição e, sim, uma evolução. Aprendi muito com isso, enxergo a vida com outros olhos, valorizando pequenos momentos, como um simples abraço da filha, um banho quente no chuveiro ou até mesmo uma caminhada na rua”, afirma.
Thyago se sente grato por ter sobrevivido a algo que poderia ser fatal. “Agradeço a Deus por estar vivo e poder seguir com minha vida. Eu não sofri apenas um acidente, nosso Pai me livrou da morte. Despenquei de sete metros de altura e cai em um local de terra, ao lado de um muro de concreto. Se eu caísse 50cm para o lado, eu morreria”, ressalta.
Esses brinquedos eram para ser seguros e confiáveis
Agora, Thyago está focado na sua recuperação, mas pretende entrar com ação judicial contra o parque. “O que eu mais quero é que o parque passe por uma vistoria rigorosa, para que não tenha outro acidente como esse. Imagina se isso acontece com minha filha ou alguma criança? Esses brinquedos deveriam ser seguros e confiáveis, com inúmeros testes de qualidade”, afirma.
O acidente ocorreu no Itaipuland Parque Aquático, em Itaipulândia. Assessoria de Imprensa do Parque respondeu com a seguinte nota:
O Itaipuland Park Thermas & Resort vem esclarecer sobre o incidente ocorrido em suas dependências com um visitante.
Reforçamos que, no momento do ocorrido, nossa equipe de socorristas atuou de imediato, seguindo todos os protocolos de primeiros socorros. A vítima recebeu atendimento imediato e foi encaminhada ao serviço médico municipal para os cuidados necessários.
O parque conta com um engenheiro interno responsável por vistorias periódicas em todas as atrações, garantindo a segurança dos visitantes que é uma prioridade inegociável. Recebemos um grande volume de pessoas diariamente e trabalhamos continuamente para garantir que todas as atrações operem dentro dos mais altos padrões de segurança.
O parque não se omitiu em relação à vítima, mantendo contato com seus familiares e colocando-se à disposição para qualquer necessidade.
Lamentamos profundamente o ocorrido e reafirmamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os visitantes. Contamos com um ambulatório próprio, equipado e atendido por profissionais capacitados para prestar assistência em qualquer eventualidade. Seguiremos rigorosos em nossas práticas de vistoria, manutenção e conformidade com as normas de segurança.
Em uma entrevista com a jornalista Amanda Moraes da revista Crescer, Thyago Vinicius Oliveira, fala sobre a dor que sentiu ao cair do brinquedo, de uma altura de 7 metros ele também sofreu fraturas na pelve e no sacro. Ele está há mais de um mês sem conseguir andar.
O que era para ser um dia de diversão em família se tornou um verdadeiro pesadelo para o farmacêutico e empresário Thyago Vinicius Oliveira, de 40 anos, de Assis Chateaubriand. Ele estava com a filha, Ivy, de 4 anos, a namorada e as duas filhas dela, de 11 e 5 anos, em um parque aquático em Itaipulândia quando sofreu um grave acidente, que resultou em uma fratura na sua coluna, sacro e pelve, em 9 de fevereiro.
“Era umas 15h quando decidimos ir no último toboágua, que eu ainda não havia descido. Então, subimos eu e minha namorada até a entrada do brinquedo. As crianças ficaram na piscina esperando”, conta, em entrevista exclusiva à CRESCER.
A namorada foi a primeira a descer. “Depois dela, eu entrei e, logo na primeira curva, percebi que meu corpo estava subindo muito em direção a lateral do brinquedo. Depois de algumas curvas, percebi que tinha escapado. Pensei: ‘Não acredito que isso está acontecendo comigo’. Foi quando senti que havia caído sentado em um local com terra, ao lado de um muro de concreto. A dor foi imensurável, eu gritava por socorro, não conseguia levantar e nem deitar no chão, caí sentado e sentado fiquei”, lembra.
Segundo ele, foi uma queda de cerca de 7 metros de altura. “No momento em que eu caí no chão, pensava se iria conseguir pegar minha filha no colo novamente”, lamenta. Rapidamente, algumas pessoas se aproximaram para ajudá-lo. “Também vi minha filha chorando, com medo de chegar perto de mim. Me levaram para uma salinha, meio cambaleando. As pessoas não pareciam profissionais. Nessa sala, esperei até a chegada da ambulância”, afirma.
Ele foi levado para um hospital, onde foi medicado e, após quatro horas, transferido para outra clínica em Foz do Iguaçu. Lá, ele foi informado que havia fraturado a pelve em diversos lugares, uma fratura chamada “livro aberto com cisalhamento lateral”, a coluna nos níveis L4 e L5 e o sacro.
Risco eminente de morte
Thyago precisou realizar três cirurgias para tratar as fraturas. “A primeira foi realizada na hora que eu cheguei no hospital, em Foz do Iguaçu. Já me levaram direto ao centro cirúrgico, pois corria risco eminente de morte. Nessa cirurgia, foram colocados uns ferros que fixaram a pelve”, explica. No dia seguinte, precisou passar por outra cirurgia para fixar mais ferros na pelve. “Aqueles não estavam suficientes e ainda corria risco”, afirma.
Quase uma semana depois, ele foi transferido para outra clínica, dessa vez, em Cascavel, onde os fixadores foram retirados. Os médicos reposicionaram os ossos e fixaram com um metal interno. “Passei uns seis dias na UTI, ainda bem instável e com muita dor”, recorda. Quando recebeu alta da UTI, Thyago ainda não conseguia andar. Ele pôde voltar para casa somente no final de fevereiro. “Foi uma notícia que alegrou meu coração, dando mais esperanças ainda. Hoje estou na casa dos meus pais, onde recebo todo carinho e atenção e posso receber visitas da minha filha e amigos diariamente”, diz.
Enxergo a vida com outros olhos hoje
A recuperação está sendo longa, mas, com fisioterapia diária, o farmacêutico já recuperou movimentos das pernas. “É um processo muito lento, requer muita paciência, um processo doloroso. São pequenas evoluções diárias”, diz. Ele disse que procura se manter positivo. “Quando descobri que as chances de voltar a andar e poder pegar minha filha no colo aumentaram de 20% para 90%, fiquei extremamente esperançoso e motivado a sair logo desse estado. Desde então, luto todos os dias contra os pensamentos negativos e contra a dor, tentando, a cada dia, ser melhor que ontem. Hoje, estou melhor que ontem e pior que amanhã”, destaca.
“Em nenhum momento, eu vi esse acidente como uma punição e, sim, uma evolução. Aprendi muito com isso, enxergo a vida com outros olhos, valorizando pequenos momentos, como um simples abraço da filha, um banho quente no chuveiro ou até mesmo uma caminhada na rua”, afirma.
Thyago se sente grato por ter sobrevivido a algo que poderia ser fatal. “Agradeço a Deus por estar vivo e poder seguir com minha vida. Eu não sofri apenas um acidente, nosso Pai me livrou da morte. Despenquei de sete metros de altura e cai em um local de terra, ao lado de um muro de concreto. Se eu caísse 50cm para o lado, eu morreria”, ressalta.
Esses brinquedos eram para ser seguros e confiáveis
Agora, Thyago está focado na sua recuperação, mas pretende entrar com ação judicial contra o parque. “O que eu mais quero é que o parque passe por uma vistoria rigorosa, para que não tenha outro acidente como esse. Imagina se isso acontece com minha filha ou alguma criança? Esses brinquedos deveriam ser seguros e confiáveis, com inúmeros testes de qualidade”, afirma.
O acidente ocorreu no Itaipuland Parque Aquático, em Itaipulândia. Assessoria de Imprensa do Parque respondeu com a seguinte nota:
O Itaipuland Park Thermas & Resort vem esclarecer sobre o incidente ocorrido em suas dependências com um visitante.
Reforçamos que, no momento do ocorrido, nossa equipe de socorristas atuou de imediato, seguindo todos os protocolos de primeiros socorros. A vítima recebeu atendimento imediato e foi encaminhada ao serviço médico municipal para os cuidados necessários.
O parque conta com um engenheiro interno responsável por vistorias periódicas em todas as atrações, garantindo a segurança dos visitantes que é uma prioridade inegociável. Recebemos um grande volume de pessoas diariamente e trabalhamos continuamente para garantir que todas as atrações operem dentro dos mais altos padrões de segurança.
O parque não se omitiu em relação à vítima, mantendo contato com seus familiares e colocando-se à disposição para qualquer necessidade.
Lamentamos profundamente o ocorrido e reafirmamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os visitantes. Contamos com um ambulatório próprio, equipado e atendido por profissionais capacitados para prestar assistência em qualquer eventualidade. Seguiremos rigorosos em nossas práticas de vistoria, manutenção e conformidade com as normas de segurança.
COMENTÁRIOS